*Intervenções “SIMPLES” e de baixo custo


🔹 Fadiga de alarmes

  • Alarmes não regulados geram barulho excessivo (monitores, ventiladores e etc).
  • Essa exposição constante e repetitiva leva a dessensibilização dos profissionais de saúde, resultando ==> resposta reduzida ou atrasada!


🔹 Status Volêmico e Diurese

  • Sobrecarga de fluídos correlaciona-se com mortalidade.

  • Evite fluidos de manutenção desnecessários.


🔹 Anemia

  • Não recomendamos transfusão, se Hb > 7
  • Se indicada transfusão, prescreva 1 bolsa de cada vez e reavaliação antes de indicar outra bolsa.


🔹 Profilaxia de TVP

  • Todos os pacientes na UTI, exceto se existir alguma contraindicações: (Hemorragia, plaquetopenia, previsão de procedimentos invasivos, etc).


🔹 Profilaxia Lesão Aguda de Mucosa Gástrica

  • Principalmente para pacientes intubados e com instabilidade hemodinâmica.
  • Recomendamos o pantoprazol.


🔹 Controle Glicêmico (Sempre)

  • Entre 140-220 mg/dL (não diabéticos)
  • Entre 180-250 mg/dL para diabéticos com Hemoglobina glicada>7.

Atenção para hipoglicemia é crucial! Muito pior que hiperglicemia, pois pode causar danos permanentes.


🔹 Nutrição x Pacientes Intubados

  • A nutrição enteral é vital, prevenindo a translocação bacteriana, úlceras de estresse e desnutrição.
  • Evitar interrupções desnecessárias.
  • Sugerimos o início precoce e progressão, conforme tolerância.


🔹 Dor na UTI

  • Abordagem multimodal é o segredo! Reavaliação frequente. Consulte ==> (Avaliação do grau de analgesia)
  • Utilize doses baixas de vários medicamentos: Dipirona, Paracetamol, Opióides, Cetamina, Precedex, Clonidina.


🔹 Sedação de Pacientes Intubados

  • Nosso alvo geralmente está entre -1 e +1. Consulte=> (Avaliação do grau de sedação)
  • Propofol e Precedex são as escolhas de primeira linha.
  • Precedex tem a vantagem de não suprimir a respiração, sendo segura para uso em pacientes não intubados durante o desmame.


🔹 Prevenção de Delirium

Orientação temporoespacial e ritmo circadiano

  • Uso de óculos e aparelhos auditivos durante o dia são eficazes.
  • Relógios (com hora correta!) e janelas
  • Tampões de ouvido. Evitar interrupções desnecessárias do sono (coleta de exames, etc)


🔹 Manejo de Eletrólitos

  • Hiper e hiponatremia devem ser tratadas de acordo com as necessidades específicas de cada paciente.
  • Tratamento da hipocalemia preferencialmente por via oral.
  • Se indicada correção de disnatremia, consulta nossa calculadora. Consulte=>(Disnatremia e Déficit de água corporal)


                                                                                     Atenção:

Controle a ansiedade de “fazer volume” ao observar sinais de baixo débito cardíaco, especialmente a redução da diurese!

  • Será que realmente o seu paciente está hipovolêmico?
  • O fluido deve ser administrado somente se, após exame cuidadoso (geralmente com POCUS) e revisão do histórico clínico, houver evidência de hipovolemia.


Hipotensão e/ou Hiperlactatemia não é sinônimo de hipovolemia!

  • Hiperlactatemia pode ocorrer por inúmeras razões e nem sempre tem relação direta com hipovolemia.
  • Um nível crescente de lactato exige uma reavaliação global do paciente, não uma administração impulsiva de fluidos.
  • A avaliação isolada da veia cava inferior ou a pressão venosa central não se correlacionam perfeitamente com a volemia e/ou com a responsividade à fluido.


@pontodeintensivista